Jeshua Canalizada por Pamela Kribbe – Setembro/2016
Querido amigo, estou muito feliz de estar com você e poder
juntar minha energia à sua.
Você é um ser radiante de luz e não tem ideia da força e
beleza que demonstra diariamente em sua vida. Mesmo que às vezes o panorama
seja sombrio e você se sinta exausto por tentar progredir na vida, você é
sempre corajoso. Você precisa estar consciente da incrível coragem e poder que
demonstra dia após dia, e saber que está constantemente trazendo mais e mais
luz para a Terra, pelo simples fato de estar aqui. Ao se ancorar em seu corpo,
você espalha sua luz pela Terra. Você é a Luz vivendo na Terra, e seu corpo faz
parte dessa incorporação.
Você encarnou aqui com um propósito, com uma intenção profunda.
Está aqui com um propósito pessoal, para desabrochar internamente, para
experimentar e conhecer profundamente cada parte do seu ser. Mas também está
aqui na Terra por este planeta, para inspirá-lo e nutri-lo com sua luz
angelical. Seu corpo é composto dos mesmos elementos que compõem a Terra e os
reinos vegetal e animal. Isto é o que você compartilha com eles; você não está
separado da vida à sua volta.
O corpo é uma maravilha em si mesmo. Pense em todas aquelas
células minúsculas que o compõem e em como elas conhecem suas funções distintas
e, ao mesmo tempo, sabem como trabalhar em conjunto, como um todo unificado.
Elas expressam um poder superior, e esse poder superior é você, a alma que vive
em seu corpo. Sua alma é a inspiradora e doadora da sua vida. Graças à escolha
da sua alma, o corpo que ela escolheu para esta vida tomou forma, a forma deste
corpo em particular, com tudo que lhe dá prazer e tudo que lhe é doloroso e
penoso.
Observemos, então, este corpo e perceber a maravilha de
estar encarnado, embora vivenciar essa incorporação nem sempre seja fácil para
você. Um dos motivos da dificuldade de vivenciar a maravilha e a beleza do
corpo é que a sua cultura é o resultado de uma tradição que se tornou alienada
do corpo. Na sua cultura, não é comum ver o corpo como uma inteligência viva,
como um campo de consciência com o qual a alma individual está intimamente
conectada. Há várias razões para este modo de enxergar o corpo não lhe ter sido
ensinado, e uma delas remonta a uma época anterior a Cristo.
Começou no tempo dos gregos, quando surgiu um tipo de
pensamento que hoje chamaríamos de pensamento racional – uma forma de ver o
mundo na qual o ego tornou-se central… o ego que vê a si mesmo como algo
diferente do que ele percebe. A natureza – e com ela o corpo – aos poucos foi
sendo coisificada, isto é, começou a ser vista e tratada como algo puramente
material e independente de você. Sendo externa a você pode, então, tornar-se
objeto de estudo, e isto foi o início do desenvolvimento da ciência.
Mais tarde, na tradição ocidental do século XVII, surgiu a
ciência moderna, aumentando ainda mais o dualismo entre a consciência do ego e
o mundo do corpo e da natureza. Surgiu um dualismo no qual a matéria foi sendo
cada vez mais vista como algo sem vida, e o corpo como um pedaço de argila, por
assim dizer, algo que não possui uma consciência viva.
O aparecimento da medicina só foi possível através do estudo
objetivo. A alma, ou individualidade da pessoa, era considerada irrelevante.
Pensava-se que ela não era importante, porque o corpo era visto como uma
entidade material que era igual em todas as pessoas. Esta visão objetiva da
vida possibilitou a classificação de tipos de doenças e a invenção de remédios.
Uma ciência completa pode se desenvolver com base em tal visão dualista do
mundo. Não estou dizendo que este ponto de vista seja errado, mas que se tornou
uma tradição em sua cultura, e ainda existe.
Nos tempos modernos, também podemos encontrar essa tradição,
de uma forma bem diferente, na indústria de cosméticos. Veja como a beleza é
vivenciada em sua cultura; ela tornou-se uma coisa objetiva. Existe uma certa
imagem de beleza que pode ser medida; tais e tais dimensões são ideais para um
corpo feminino ou para um corpo masculino. A aparência e textura da pele, as
características faciais, mesmo que mudem com o tempo, estão sempre sujeitas a
uma avaliação objetiva, algo externo a você, do qual você depende para ser
avaliado.
Doença e saúde também são julgadas nesses termos. Se um
corpo está doente, é porque deve haver algo de errado com ele e, portanto,
deve-se fazer com que volte a ficar bem. O corpo, visto desta forma, é como uma
argila morta, ou algum tipo de mecanismo. Assim, você está vivendo numa
tradição dualista, e aquilo que está mais próximo a você – o seu corpo, no qual
você reside dia após dia – deixou de ser algo com o qual você está natural e
intimamente conectado. Você se alienou dele.
Houve um tempo, muito anterior a este, em que o modo de
enxergar as coisas na Terra era bem diferente. Sob o ponto de vista moderno,
diríamos que as pessoas viviam numa espécie de era mítica, na qual acreditavam
que tudo era conectado a tudo. Podia-se conversar com as árvores, os animais,
as plantas, e todas essas criaturas não-humanas eram portadoras de alguma coisa
significativa. A própria natureza era cheia de significado. Havia um fluxo de
vida que percorria os animais, as árvores e as plantas, e todos eles eram
interligados.
Entretanto, havia também desvantagens nessa visão
naturalista, porque as pessoas que acreditavam nela podiam vir a tornar-se
vítimas daquilo que hoje chamamos de superstição e do medo; medo das forças da
natureza e dos deuses que estavam escondidos por trás e dentro dela. Esta foi
uma tradição antiga. A ciência e o pensamento racional, na qual ela se baseia,
puseram um fim a essa tradição. Infelizmente, a visão objetiva, científica
levou a uma cisão esquizofrênica e nada natural na sua cultura e percepção de
si mesmo.
Pense em como é diferente a visão na qual você é capaz de
vivenciar continuamente o seu corpo a partir de dentro. Como ele está por
dentro? Está com fome ou sede? Está se sentindo bem ou está tenso? Está
sentindo prazer ou dor? Há uma sensação constante de como o corpo está se
sentindo.
Do ponto de vista oposto, você olha para seu corpo e julga-o
a partir de fora, do que ele deveria ser de acordo com uma imagem de corpo
percebida externamente. O que o corpo deveria ser capaz de realizar? Em que
ponto do seu desenvolvimento ele deveria estar? Qual deveria ser sua aparência?
Ele satisfaz todos esses padrões externos que lhe são impostos?
Normalmente, quando está com alguma doença ou indisposição,
você vai a um médico, que representa a tradição científica, objetiva do
dualismo. Um médico pode lhe dizer o que há de errado em você, que remédios
estão disponíveis para isso, e qual é o prognóstico, baseado no tipo de queixas
que você apresenta. No entanto, tudo isto é feito sem que você tenha se
conectado, de alguma forma, com o campo de energia que é o seu corpo.
O médico também não presta atenção a esse campo energético e
nem se conecta com ele. Simplesmente vê os sintomas, diagnostica-os,
classifica-os e então determina onde eles se encaixam no quadro geral dos
conhecimentos que ele adquiriu, de modo a poder tomar as medidas necessárias,
baseadas nesse conhecimento. Ao mesmo tempo, seu corpo oferece sinais
constantes, que são exclusivamente para você, e que nem sempre se enquadram nas
regras e ideias gerais que você recebe de fora, como de um médico, por exemplo.
É extremamente importante que você desperte novamente para a
percepção do seu corpo a partir de dentro, e permita que ele seja o parâmetro
para as medidas que você tome em relação a ele. Quando estiver doente, ou
indisposto, você precisa voltar-se para o seu interior e, a partir daí,
encontrar as bases de como lidar com essa indisposição e sintomas. Só depois
disso é que deve olhar para o mundo exterior, em busca de algo que lhe possa
ser útil, como um médico, uma opinião ou algum artigo que você leia.
Entretanto, essas contribuições só vêm em segundo lugar. O
que vem inicialmente é a conexão interna com seu corpo e, para isto, você
primeiro precisa acreditar diferentemente daquilo que sua cultura lhe diz.
Precisa abandonar toda ideia de que o corpo é como um mecanismo, como matéria
inconsciente. Precisa chegar a acreditar realmente que seu corpo pode ser seu
guia; que ele pode lhe dar respostas; que ele possui uma inteligência natural e
quer ser útil a você; que ele é divinamente inspirado.
Neste momento, quero lhe pedir que dedique uns instantes
para se conectar intimamente com seu corpo. Você pode fazer isto prestando
atenção à sua respiração, sentindo como ela flui através do seu peito e abdome,
e em seguida, dirigindo sua atenção aos seus pés. Leve sua consciência para as
solas dos seus pés e sinta como eles tocam o solo. Sinta, não apenas os ossos e
pele dos seus pés, mas também o campo energético ao redor deles. Este campo não
é perceptível imediatamente, mas logo poderá senti-lo. Talvez perceba um pequeno
formigamento, ou alguma outra sensação. Mas seja o que for que consiga sentir
será útil.
Em seguida, observe suas mãos com a mesma atenção. Imagine
que suas mãos estão cheias de consciência, que se torna perceptível graças à
sua atenção. Deixe sua percepção se estender para as pontas dos seus dedos, e
sinta que há algo mais em suas mãos, além da simples forma material. Sinta uma
presença vital, energética dentro e ao redor de suas mãos, e poderá inclusive
ver ou sentir um leve brilho.
Agora, peço-lhe que deixe sua atenção e consciência se
estenderem por todo o seu corpo. Mas não transforme isto em um grande esforço –
isto não é um exercício mental; é apenas o direcionamento da sua atenção para
algo que já está aí. Um corpo vivo não é uma coisa que você tenha que adquirir,
nem é algo que tenha que merecer. Simplesmente sinta, da cabeça ao dedão do pé,
o campo vivo que já o envolve. Tente perceber e sentir a totalidade do seu
campo energético e corpo como uma entidade viva.
Imagine que esse fluxo silencioso de energia, que está
sempre percorrendo todo o seu corpo, quer lhe dizer alguma coisa. A primeira
coisa que seu corpo quer lhe contar é que ele é consciência, a luz vivente que
deseja servir você. Seu corpo está à sua disposição. Ele lhe dá a capacidade de
se expressar, e gostaria de estar a seu serviço. E, caso você esteja sofrendo
de dor ou doença, vamos ver como isto surgiu.
O próprio corpo está sempre se esforçando para manter o
equilíbrio. Todas as células do seu corpo são orientadas para esta finalidade;
elas trabalham e constroem visando o equilíbrio. Mesmo quando você fica mais
velho e seu corpo perde a vitalidade, todas as células continuam concentradas
em criar equilíbrio. É possível envelhecer de uma forma muito agradável, sem
dor e esforço. Isto é possível graças ao próprio corpo, mesmo quando ele é
geneticamente sobrecarregado. Existe uma energia vital tão incrivelmente
poderosa em seu corpo, que lhe permite curar-se e voltar ao equilíbrio, mesmo
que o desequilíbrio tenha sido extremo.
Tenha fé na capacidade que seu corpo tem de se equilibrar e
curar a si mesmo; as forças da natureza são muito fortes! Basta olhar para o
mar e o sol. Saiba que seu corpo é feito da mesma matéria viva e da mesma
consciência que compõem esses elementos naturais. Pense no oceano, sinta o
eterno rolar das ondas e a renovação inesgotável em cada movimento – o poder de
autolimpeza. Ou pense em um grande e velho carvalho que já aguentou de tudo:
vento, chuva, sol… Seu corpo também é muito forte, pois é feito dos mesmos
elementos.
No entanto, é verdade que o ser humano é um ser muito
complicado. Você, como alma, tem uma vasta experiência na realidade terrena,
algumas das quais resultam em emoções negativas… ansiedade, tristeza, dor,
raiva… assim você as chama. Estas emoções podem agir no corpo e, com o tempo, o
corpo se desequilibra. Emoções também são forças muito poderosas. A energia
delas é muito forte e pode agir sobre o corpo, criando bloqueios em um nível
energético. Entretanto, a consciência do seu corpo, que mencionei
anteriormente, é útil para você nesse caso, porque ela vê a alma como seu
mestre.
Quando a alma está vivenciando raiva constante, ou algum
tipo de emoção depressiva, o corpo acaba absorvendo-a em sua consciência e
rendendo-se a ela, por assim dizer. As emoções podem, então, apoderar-se do
corpo e tomar a forma de indisposições ou doenças. O corpo continua fazendo o
máximo para restaurar o estado natural de equilíbrio, mas se as emoções forem
muito penetrantes e a pessoa não tiver capacidade de senti-las completamente e
transformá-las, então o resultado poderá ser uma doença.
É importante notar que a origem de uma doença é quase sempre
emocional. O que cria o maior estrago no corpo são as emoções que você
experimenta na vida, a dor espiritual que você acumula. E há razões para isto.
Não que haja algum julgamento externo sobre a emoção e sua reação a ela, mas é
importante que você conheça suas emoções a partir do seu interior, para que seu
corpo possa ajudá-lo a lidar com elas. Ao se conectar novamente com a
consciência natural do seu corpo, que está sempre buscando o equilíbrio, você
detecta quais as emoções que o estão deprimindo ou bloqueando.
Quero lhe pedir para fazer exatamente isto agora. Primeiro
nós nos conectamos com o campo energético vivo do próprio corpo – a força
subjacente que está sempre presente – e com a inteligência natural do corpo. E
agora, imagine que você tem também um corpo emocional. Na tradição esotérica, a
consciência corporal tem sido chamada de corpo etérico, enquanto o corpo
emocional tem sido chamado de aura, ou corpo astral, e é algo que se estende
para além do corpo físico.
Imaginemos agora, por um instante, que existe um campo de
energia ao seu redor, e que ele é composto das energias do seu humor e emoções,
que estão sempre mudando. Imagine que esse campo energético se estende uns 3
pés [90 cm] para fora do seu corpo. Vou lhe fazer algumas perguntas sobre esse
campo e lhe peço que se atenha à primeira impressão que lhe vier à mente sem
pensar a respeito dela.
Você está no meio desse campo de energia. Ele é pacífico ou
há tensão dentro dele? Caso haja tensão, onde você sente que ela se localiza no
seu campo de energia? À sua frente ou atrás? Permita que sua atenção se dirija
a esse ponto do seu corpo emocional, onde você sente tensão devido às pressões
dos eventos externos da sua vida, e simplesmente deixe-a ser o que é. Não
precisa tentar corrigi-la, simplesmente saiba que ela está aí.
Vá, então, para um lugar no seu corpo onde haja quietude e
calma. Encontre esse lugar no seu campo de energia, onde você está em paz.
Talvez algumas lembranças felizes surjam espontaneamente, de um momento em que
você se sentia relaxado, ou de uma situação em que se sentiu feliz. Sinta essa
energia por uns instantes.
Finalmente, imagine que você é um anjo magnífico. Esse anjo
que você é está atrás de você e, com sua luz e suas asas, envolve a sua aura,
seu corpo emocional, seu corpo físico e o campo etérico que ele contém. Com
respeito amoroso, você-anjo abraça o seu ser inteiro. E como este anjo
magnífico que você é está cheio de sabedoria, compaixão e força, você se sente
compreendido, amado e sustentado.
A personificação da sua alma – o seu corpo – quer que as
coisas estejam bem com você. Ele se esforça para manter o equilíbrio e harmonia
e, em certo sentido, o orienta também. E, do outro lado, há você-anjo, que
cuida de você e que está incondicionalmente disponível para você sempre. Este
ser angélico é o seu Eu Superior – este é você. E, no meio dos dois, está seu
corpo astral, no qual as emoções podem ficar presas ou bloqueadas.
Tente aceitar este momento como ele é; simplesmente permita
que seja como é. E tenha respeito por quem você é, porque você é o corajoso
dentre os anjos, pois empreendeu esta jornada por si mesmo, embora não apenas
para si mesmo. Você veio aqui e desceu à mais profunda escuridão, tão
convencido estava da luz que sustenta tudo no Cosmos; da luz que tudo permeia.
O menor ramo e folha de uma árvore, o menor besouro e folha de grama, estão todos
imbuídos da luz viva.
Sinta que tanto as forças da natureza quanto os poderes
espirituais do céu estão com você para apoiá-lo nesta jornada, no caminho da
transformação dos estados emocionais pesados em luz, conhecimento e
entendimento. Você não está sozinho; estamos bem aqui ao seu lado. E lembre-se
que seu corpo é seu amigo, seu aliado e, junto com o você-anjo, deseja ajudá-lo
a desabrochar. Aceite a verdade… que você é corajoso, que você é maduro, que
você é um ser belo. Acredite na sua própria riqueza e os tesouros disponíveis
para você, e vivenciará mais descontração e relaxamento em seu corpo. Há cura
para você, acredite nisto!
Jeshua
Tradução: Vera Corrêa veracorrea46@gmail.com