Jeshua Canalizada por Pamela Kribbe em Março/2014
Querido, eu o saúdo de coração. Sinta o meu coração, pois
estou conectado com você. Inspire-me. Existe uma ligação fraterna entre nós,
uma afinidade de pensamento entre nós e um grupo maior de amigos de alma, de
trabalhadores da Luz. Alguns deles você conhece, outros não… pelo menos não no
sentido terreno. Mas existe uma afinidade, uma união maior da qual você faz
parte. Sinta essa união dentro de si.
Você está tentando encontrar um equilíbrio entre seu eu
terreno e o eu da alma. Por um lado, você é um humano terreno, nascido num
corpo com uma predisposição para determinada personalidade e foi criado nas
culturas e tradições da Terra. Por outro lado, existe a realidade maior da sua
alma, sua herança cósmica. Sua alma é muito mais antiga do que esta única vida
e já acumulou muita experiência em várias encarnações. Além disso, como alma,
você faz parte de uma família espiritual maior que, somada à sua família
terrena, vive parcialmente na Terra e parcialmente em outros mundos.
Geralmente a fusão entre sua alma e seu ser terreno é
confusa para você. Como você integra os dois? Talvez possa sentir a realidade
da sua alma… algo que flui por você e que “não é desta Terra”, algo que não
pode ser atribuído à sua educação, genes ou antecedentes culturais. Há algo de
excepcional e inescrutável que faz com que você seja “você”. Se for sensitivo,
é possível que tenha vislumbres da sua alma, porque está conectado
intuitivamente com um mundo interior além do espaço e tempo, e muitas vezes
deseja estar totalmente nesse mundo. Você sente que seu Lar, sua Fonte estão
lá… e está certo. Entretanto, como está vivendo como ser humano aqui e agora, é
preciso dar um corpo à conexão com sua alma – “mãos e pés”. Você não deve
cortar a ligação entre sua alma e a Terra – muito pelo contrário – coloque-se
com mais firmeza nessa conexão e faça isso com entusiasmo e paixão. Então você
terá integrado verdadeiramente seu eu terreno com o seu eu da alma.
Isto geralmente é difícil para você porque, como trabalhador
da luz, você provavelmente dá prioridade à sua alma e não à sua personalidade
terrena. Você presume que sua alma sabe melhor o que fazer. Entretanto, embora
como humano terreno você devesse se deixar inspirar pela sua alma, quem faz as
escolhas e toma as decisões é e realmente deveria ser você. É você que, em
última análise, cria a sua vida. Deixe-me explicar…
Muitas vezes você se pergunta: “O que devo fazer agora? Como
devo lidar com esta situação? O que isto significa para mim?”. E tem a
tendência a buscar a resposta fora de si mesmo, isto é, fora da sua
personalidade terrena. Se não estiver bem adiantado na senda do desenvolvimento
interior, procurará outra pessoa para lhe dar a resposta; alguém para quem você
olha de baixo para cima, alguém que você pensa que tem a necessária competência
no assunto. Então, sua pergunta tende a ser: “Poderia me dizer o que devo
fazer?”. Ao agir assim, você se diminui em relação à sua percepção e
conhecimento, colocando a outra pessoa acima de você mesmo. Entretanto, ao se
tornar espiritualmente maduro, você assume a responsabilidade por si próprio e
por suas escolhas. Você ainda pode consultar outra pessoa, alguém que você
estima e respeita muito, e pode avaliar o conselho dessa pessoa de todos os
ângulos. Mas é você que decide o que fazer com esse conselho. Este é o modo de
agir de uma alma amadurecida, de uma pessoa adulta.
Você sabe que não deveria depender de outra pessoa para
fazer suas escolhas, mas ainda faz isso muitas vezes no seu relacionamento com
seus guias espirituais e sua alma. Você se pergunta, por exemplo: “O que eu
deveria fazer nesta situação? Qual é a melhor escolha para mim?” Devido ao seu
desejo de segurança, você se volta para uma fonte espiritual em busca de
conselho: para seus guias, mestres ou anjos do “outro lado” ou para seu próprio
eu superior. Ou você consulta um médium espiritual para fornecer-lhe
informações “mais elevadas”, ou tenta entrar em contato com sua alma, seu eu
superior ou seus guias por conta própria. Mas observe com mais atenção e veja o
que isto significa. Na verdade, você está fazendo a mesma coisa que fazia ao
pedir conselho a outra pessoa; está procurando as respostas fora de si mesmo.
Naturalmente, você
pode dizer: “Sim, mas esses seres espirituais realmente sabem mais do que eu; eles
têm uma perspectiva mais ampla de tudo; meus guias são muito mais desenvolvidos
do que eu sou; minha alma vive numa dimensão mais elevada, então é bom
voltar-me para ela em busca de conselho.” Mas novamente você está depreciando
sua “pequena” personalidade terrena quando faz isso. Geralmente você considera
que sua personalidade terrena não é a sua parte mais sábia nem mais elevada, e
que, portanto, você precisa procurar alguma “autoridade” que entenda melhor a
situação e o que você deveria fazer da sua vida.
Isto é um engano, e esta é a minha mensagem de hoje.
Em primeiro lugar, a alma não é perfeita – ela está se
desenvolvendo. Ela é uma realidade dinâmica que está sendo constantemente
enriquecida com experiências. Com certeza a alma tem uma perspectiva que
transcende a de um ser humano e geralmente tem uma visão mais ampla. A alma
também entende mais profundamente e tem uma visão geral melhor do quebra-cabeça
inteiro, enquanto você, aqui na Terra, tem poucas peças em mãos e não enxerga o
quadro completo. Mas o ponto importante é que, sim, é bom sentir sua alma,
conectar-se com ela, consultá-la e receber informações dessa fonte
multidimensional, dinâmica em evolução. Mas, em última análise, é você – este
ser terreno que carrega o seu nome terreno, este ser único que você é neste
momento – que deve fazer a escolha! Existe um momento de escolha em tudo o que
você faz, que é e sempre será completa e exclusivamente seu. Nem sua alma, nem
seu guia, nem o mestre mais sábio da Terra – nem mesmo Deus – pode fazer isto
por você. Na verdade, um verdadeiro mestre espiritual não deseja assumir nada
por você.
A necessidade de fazer suas próprias escolhas, na realidade
diz respeito ao seu próprio e exclusivo poder: é para que você crie sua vida
terrena a seu próprio modo. Além disso, você pode recorrer a todos os tipos de
fontes de conhecimento e sabedoria, tanto terrenas quanto cósmicas. Mas seu
desafio é relacionar essas fontes externas com sua verdade interior e sentir o
que é correto para você e o que não é. Não existe nenhum conhecimento absoluto
– tudo é relativo. O que é verdade na sua vida se revela na relação entre você
e o mundo, e este relacionamento é único e diferente para cada pessoa. Não
importa quanta informação você receba de fora, o importante é que você avalie
essas informações e as relacione com a sua situação – sua realidade cotidiana e
seu ser terreno – para ver se lhes são adequadas.
Sinta sua personalidade terrena, com todas as suas
características – medo, dor, esperança, alegria e todas as emoções que formam a
vida humana de forma tão profunda e tangível. Essas emoções são muitas vezes
confusas, e até opressivas, e você procura algo em se agarrar que esteja acima
e fora de você mesmo. Mas eu gostaria de realçar que a resposta e a base estão
no seu interior, não na sua alma nem no seu eu superior, e sim dentro de você.
Na verdade, você é o seu eu superior e a sua alma, só que é uma parte e não a
totalidade. Você é um aspecto do seu Eu total, o aspecto que encarnou aqui e
agora e está acumulando experiências; e é por isto que você sabe melhor o que é
bom para si mesmo.
Desça até seu corpo, que está tão intimamente conectado com
seu eu terreno. Deixe sua consciência descer no seu corpo de uma forma
confortável e relaxada. Imagine que sua consciência é uma luz, e que essa luz é
quem você é e quem faz as escolhas. Ela escolhe estar totalmente aqui e agora,
e descer pelo seu peito, seu abdome, suas coxas, seus joelhos, suas pernas e
pés. Sinta a luz penetrar completamente seu corpo, e sinta o poder e vitalidade
do seu corpo. Sinta como ele é muito mais do que uma combinação de células
físicas; ele é um ser vivo, sábio e inspirado. E quem é você? Você é aquele que
se conectou com este corpo por esta encarnação. Você é belo e vasto e
conectou-se com este ser que agora carrega o seu nome. Sinta a coragem e
bravura que foram necessárias para fazer isto.
Você veio para cá como um raio de luz da sua alma, e
encarnou neste corpo e personalidade, que são completamente novos. Você faz
parte da sua alma, mas também acrescenta algo essencial a ela, algo novo e
exclusivo, que é você. Você é um todo auto-suficiente; não depende de forças
maiores do que você mesmo. Você é uma criação em si mesma – ou, melhor dizendo
– um criador em si mesmo. Sinta o valor, o poder e a beleza de ser isto. Meu
desejo mais profundo é que você reconheça seu próprio valor e não fale mais de
eu superior ou eu inferior, mas reconheça seu eu terreno como a âncora da sua
existência, aqui e agora. A partir desse eu, você pode consultar outras fontes
terrenas, guias, mestres, terapeutas, conselheiros, doutores, ou sua própria
alma, através de meditação ou contemplação interior, e acolher toda essas
informações. Mas, em seguida, você vai fazer suas próprias escolhas com
competência.
“E como fazer isso?” – Esta provavelmente é sua próxima pergunta.
Tente. Imagine que agora você tem um problema na sua vida que o faz sentir-se
desesperado e o faz pensar: “Eu realmente não sei o que fazer.” Agora desça
completamente até seu eu terreno, diga seu próprio nome, sinta a luz da
consciência no seu abdome e no seu chacra raiz. Em seguida faça-se novamente a
pergunta e sinta a resposta surgir do fundo do seu ser: da sua base, do seu
âmago. Você a conhece. Você tem o conhecimento interior e os recursos
necessários para responder as questões da sua vida.
Está tudo em você, você é a âncora, o ponto de reunião de
conhecimento, experiência e luz. E a partir de tudo o que já construiu nesta
vida, você faz suas escolhas com base no seu poder de discernimento. Assuma
esse poder, essa liberdade! É isto que o torna “grande” e permite que sua
autoconsciência aumente. Portanto comece a confiar no seu próprio discernimento
e escolhas, na sua percepção do que é melhor para você. Não se trata de saber
as coisas com certeza, mas ousar confiar em quem você é e no que você sente no
fundo do seu ser. Você está aqui, não para fazer escolhas “perfeitas”, mas para
experimentar seu próprio poder criativo, aprendendo e crescendo com as escolhas
que faz.
É por isto que agora eu quero lhe oferecer simbolicamente
uma tocha de luz, para expressar que você não precisa procurar a luz em mim.
Ela está em você e quero conscientizá-lo disto; quero dá-la de volta a você. No
passado, você procurava fora de si mesmo com muita frequência. Veja se consegue
aceitar a tocha que lhe ofereço e interiorizá-la como algo que é seu. Observe
para onde essa tocha se dirige no seu corpo, onde ela tem seu lugar de descanso
natural. É nesse lugar que reside seu conhecimento mais profundo sobre qual é o
seu caminho.
Você faz as escolhas e aprende com as escolhas que faz, e é
exatamente assim que deve ser nesta vida humana. Não subestime o verdadeiro
poder de “você”, do você terreno encarnado. Ele é a fonte mais íntima de
sabedoria que você jamais terá. Você é o criador da sua vida.