sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Fazendo suas Próprias Escolhas

 
 
Jeshua Canalizada por Pamela Kribbe em Março/2014
 
Querido, eu o saúdo de coração. Sinta o meu coração, pois estou conectado com você. Inspire-me. Existe uma ligação fraterna entre nós, uma afinidade de pensamento entre nós e um grupo maior de amigos de alma, de trabalhadores da Luz. Alguns deles você conhece, outros não… pelo menos não no sentido terreno. Mas existe uma afinidade, uma união maior da qual você faz parte. Sinta essa união dentro de si.
 
Você está tentando encontrar um equilíbrio entre seu eu terreno e o eu da alma. Por um lado, você é um humano terreno, nascido num corpo com uma predisposição para determinada personalidade e foi criado nas culturas e tradições da Terra. Por outro lado, existe a realidade maior da sua alma, sua herança cósmica. Sua alma é muito mais antiga do que esta única vida e já acumulou muita experiência em várias encarnações. Além disso, como alma, você faz parte de uma família espiritual maior que, somada à sua família terrena, vive parcialmente na Terra e parcialmente em outros mundos.
 
Geralmente a fusão entre sua alma e seu ser terreno é confusa para você. Como você integra os dois? Talvez possa sentir a realidade da sua alma… algo que flui por você e que “não é desta Terra”, algo que não pode ser atribuído à sua educação, genes ou antecedentes culturais. Há algo de excepcional e inescrutável que faz com que você seja “você”. Se for sensitivo, é possível que tenha vislumbres da sua alma, porque está conectado intuitivamente com um mundo interior além do espaço e tempo, e muitas vezes deseja estar totalmente nesse mundo. Você sente que seu Lar, sua Fonte estão lá… e está certo. Entretanto, como está vivendo como ser humano aqui e agora, é preciso dar um corpo à conexão com sua alma – “mãos e pés”. Você não deve cortar a ligação entre sua alma e a Terra – muito pelo contrário – coloque-se com mais firmeza nessa conexão e faça isso com entusiasmo e paixão. Então você terá integrado verdadeiramente seu eu terreno com o seu eu da alma.
 
Isto geralmente é difícil para você porque, como trabalhador da luz, você provavelmente dá prioridade à sua alma e não à sua personalidade terrena. Você presume que sua alma sabe melhor o que fazer. Entretanto, embora como humano terreno você devesse se deixar inspirar pela sua alma, quem faz as escolhas e toma as decisões é e realmente deveria ser você. É você que, em última análise, cria a sua vida. Deixe-me explicar…
 
Muitas vezes você se pergunta: “O que devo fazer agora? Como devo lidar com esta situação? O que isto significa para mim?”. E tem a tendência a buscar a resposta fora de si mesmo, isto é, fora da sua personalidade terrena. Se não estiver bem adiantado na senda do desenvolvimento interior, procurará outra pessoa para lhe dar a resposta; alguém para quem você olha de baixo para cima, alguém que você pensa que tem a necessária competência no assunto. Então, sua pergunta tende a ser: “Poderia me dizer o que devo fazer?”. Ao agir assim, você se diminui em relação à sua percepção e conhecimento, colocando a outra pessoa acima de você mesmo. Entretanto, ao se tornar espiritualmente maduro, você assume a responsabilidade por si próprio e por suas escolhas. Você ainda pode consultar outra pessoa, alguém que você estima e respeita muito, e pode avaliar o conselho dessa pessoa de todos os ângulos. Mas é você que decide o que fazer com esse conselho. Este é o modo de agir de uma alma amadurecida, de uma pessoa adulta.
 
Você sabe que não deveria depender de outra pessoa para fazer suas escolhas, mas ainda faz isso muitas vezes no seu relacionamento com seus guias espirituais e sua alma. Você se pergunta, por exemplo: “O que eu deveria fazer nesta situação? Qual é a melhor escolha para mim?” Devido ao seu desejo de segurança, você se volta para uma fonte espiritual em busca de conselho: para seus guias, mestres ou anjos do “outro lado” ou para seu próprio eu superior. Ou você consulta um médium espiritual para fornecer-lhe informações “mais elevadas”, ou tenta entrar em contato com sua alma, seu eu superior ou seus guias por conta própria. Mas observe com mais atenção e veja o que isto significa. Na verdade, você está fazendo a mesma coisa que fazia ao pedir conselho a outra pessoa; está procurando as respostas fora de si mesmo.
 
 Naturalmente, você pode dizer: “Sim, mas esses seres espirituais realmente sabem mais do que eu; eles têm uma perspectiva mais ampla de tudo; meus guias são muito mais desenvolvidos do que eu sou; minha alma vive numa dimensão mais elevada, então é bom voltar-me para ela em busca de conselho.” Mas novamente você está depreciando sua “pequena” personalidade terrena quando faz isso. Geralmente você considera que sua personalidade terrena não é a sua parte mais sábia nem mais elevada, e que, portanto, você precisa procurar alguma “autoridade” que entenda melhor a situação e o que você deveria fazer da sua vida.
 
Isto é um engano, e esta é a minha mensagem de hoje.
 
Em primeiro lugar, a alma não é perfeita – ela está se desenvolvendo. Ela é uma realidade dinâmica que está sendo constantemente enriquecida com experiências. Com certeza a alma tem uma perspectiva que transcende a de um ser humano e geralmente tem uma visão mais ampla. A alma também entende mais profundamente e tem uma visão geral melhor do quebra-cabeça inteiro, enquanto você, aqui na Terra, tem poucas peças em mãos e não enxerga o quadro completo. Mas o ponto importante é que, sim, é bom sentir sua alma, conectar-se com ela, consultá-la e receber informações dessa fonte multidimensional, dinâmica em evolução. Mas, em última análise, é você – este ser terreno que carrega o seu nome terreno, este ser único que você é neste momento – que deve fazer a escolha! Existe um momento de escolha em tudo o que você faz, que é e sempre será completa e exclusivamente seu. Nem sua alma, nem seu guia, nem o mestre mais sábio da Terra – nem mesmo Deus – pode fazer isto por você. Na verdade, um verdadeiro mestre espiritual não deseja assumir nada por você.
 
A necessidade de fazer suas próprias escolhas, na realidade diz respeito ao seu próprio e exclusivo poder: é para que você crie sua vida terrena a seu próprio modo. Além disso, você pode recorrer a todos os tipos de fontes de conhecimento e sabedoria, tanto terrenas quanto cósmicas. Mas seu desafio é relacionar essas fontes externas com sua verdade interior e sentir o que é correto para você e o que não é. Não existe nenhum conhecimento absoluto – tudo é relativo. O que é verdade na sua vida se revela na relação entre você e o mundo, e este relacionamento é único e diferente para cada pessoa. Não importa quanta informação você receba de fora, o importante é que você avalie essas informações e as relacione com a sua situação – sua realidade cotidiana e seu ser terreno – para ver se lhes são adequadas.
 
Sinta sua personalidade terrena, com todas as suas características – medo, dor, esperança, alegria e todas as emoções que formam a vida humana de forma tão profunda e tangível. Essas emoções são muitas vezes confusas, e até opressivas, e você procura algo em se agarrar que esteja acima e fora de você mesmo. Mas eu gostaria de realçar que a resposta e a base estão no seu interior, não na sua alma nem no seu eu superior, e sim dentro de você. Na verdade, você é o seu eu superior e a sua alma, só que é uma parte e não a totalidade. Você é um aspecto do seu Eu total, o aspecto que encarnou aqui e agora e está acumulando experiências; e é por isto que você sabe melhor o que é bom para si mesmo.
 
Desça até seu corpo, que está tão intimamente conectado com seu eu terreno. Deixe sua consciência descer no seu corpo de uma forma confortável e relaxada. Imagine que sua consciência é uma luz, e que essa luz é quem você é e quem faz as escolhas. Ela escolhe estar totalmente aqui e agora, e descer pelo seu peito, seu abdome, suas coxas, seus joelhos, suas pernas e pés. Sinta a luz penetrar completamente seu corpo, e sinta o poder e vitalidade do seu corpo. Sinta como ele é muito mais do que uma combinação de células físicas; ele é um ser vivo, sábio e inspirado. E quem é você? Você é aquele que se conectou com este corpo por esta encarnação. Você é belo e vasto e conectou-se com este ser que agora carrega o seu nome. Sinta a coragem e bravura que foram necessárias para fazer isto.
 
Você veio para cá como um raio de luz da sua alma, e encarnou neste corpo e personalidade, que são completamente novos. Você faz parte da sua alma, mas também acrescenta algo essencial a ela, algo novo e exclusivo, que é você. Você é um todo auto-suficiente; não depende de forças maiores do que você mesmo. Você é uma criação em si mesma – ou, melhor dizendo – um criador em si mesmo. Sinta o valor, o poder e a beleza de ser isto. Meu desejo mais profundo é que você reconheça seu próprio valor e não fale mais de eu superior ou eu inferior, mas reconheça seu eu terreno como a âncora da sua existência, aqui e agora. A partir desse eu, você pode consultar outras fontes terrenas, guias, mestres, terapeutas, conselheiros, doutores, ou sua própria alma, através de meditação ou contemplação interior, e acolher toda essas informações. Mas, em seguida, você vai fazer suas próprias escolhas com competência.
 
“E como fazer isso?” – Esta provavelmente é sua próxima pergunta. Tente. Imagine que agora você tem um problema na sua vida que o faz sentir-se desesperado e o faz pensar: “Eu realmente não sei o que fazer.” Agora desça completamente até seu eu terreno, diga seu próprio nome, sinta a luz da consciência no seu abdome e no seu chacra raiz. Em seguida faça-se novamente a pergunta e sinta a resposta surgir do fundo do seu ser: da sua base, do seu âmago. Você a conhece. Você tem o conhecimento interior e os recursos necessários para responder as questões da sua vida.
 
Está tudo em você, você é a âncora, o ponto de reunião de conhecimento, experiência e luz. E a partir de tudo o que já construiu nesta vida, você faz suas escolhas com base no seu poder de discernimento. Assuma esse poder, essa liberdade! É isto que o torna “grande” e permite que sua autoconsciência aumente. Portanto comece a confiar no seu próprio discernimento e escolhas, na sua percepção do que é melhor para você. Não se trata de saber as coisas com certeza, mas ousar confiar em quem você é e no que você sente no fundo do seu ser. Você está aqui, não para fazer escolhas “perfeitas”, mas para experimentar seu próprio poder criativo, aprendendo e crescendo com as escolhas que faz.
 
É por isto que agora eu quero lhe oferecer simbolicamente uma tocha de luz, para expressar que você não precisa procurar a luz em mim. Ela está em você e quero conscientizá-lo disto; quero dá-la de volta a você. No passado, você procurava fora de si mesmo com muita frequência. Veja se consegue aceitar a tocha que lhe ofereço e interiorizá-la como algo que é seu. Observe para onde essa tocha se dirige no seu corpo, onde ela tem seu lugar de descanso natural. É nesse lugar que reside seu conhecimento mais profundo sobre qual é o seu caminho.
 
Você faz as escolhas e aprende com as escolhas que faz, e é exatamente assim que deve ser nesta vida humana. Não subestime o verdadeiro poder de “você”, do você terreno encarnado. Ele é a fonte mais íntima de sabedoria que você jamais terá. Você é o criador da sua vida.
 
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
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