"O Anúncio vem a vocês, dignem-se escutá-lo."
Eu sou CRISTO
Através de Séverine e Marc - 05/07/2014
Eu venho a vocês, esta noite, para transmitir-lhes a
sequência dos ensinamentos que eu iniciei com vocês.
Venho falar-lhes do Anúncio, e da Anunciação.
O Anúncio é um procedimento pelo qual o que foi escondido e
ocultado é, de repente, revelado de maneira explícita.
O Anúncio é o que permite redescobrir o que havia sido
coberto com um véu opaco, que obstrui a Clareza dos Céus e impede-o de chegar
até vocês, nesse mundo.
O Anúncio é o que oferece à consciência a esperança da
possibilidade de uma Redenção.
O Anúncio é o que vem, literalmente, pôr abaixo os
subterfúgios, os procedimentos mal-intencionados, as espoliações, para fazer
explodir, explicitamente, a Retidão dos raios do Sol, que jamais se desvia de
sua meta interior, aquela do Centro de nós mesmos.
O Anúncio é o que vem tirar a cortina, o tecido de mentiras
pelo qual esse mundo tem sido coberto, tal um teatro sobre o qual se lançaria
uma tela muito rígida, tão rígida que não pode mais levantar-se entre cada
cena.
O Anúncio é o içar da cortina, precedido dos três sinais, e
do martelar de golpes sucessivos que o anunciam.
O Anúncio é um momento de grande Recolhimento e de grande
Alegria, ao mesmo tempo – o Recolhimento do que vem, e que é, ainda,
desconhecido, para a maior parte, e a Alegria de assistir ao Anúncio porque,
para quem entrou no teatro, não há momento mais palpitante do que o içar da
cortina.
O Anúncio é uma farsa para quem não viu o teatro, para quem
não tomou consciência da ilusão do teatro, porque o Anúncio, então, atualiza e
põe abaixo algo que, aos olhos do espectador, não existe, simplesmente, porque
não é reconhecido como tal (como teatro).
O Anúncio consiste em derrubar os muros de uma prisão, uma
prisão de vidro, esse vidro que é invisível para a maior parte dos humanos,
ainda hoje.
Mas o Anúncio que se abate sobre o vidro faz com que ele se
despedace, em um ruído estrondoso, dessa estrutura invisível que desmorona e,
assim, revela sua presença aos olhos de todos.
O Anúncio é como um martelo que se bate, com força, sobre a
mesa e o quadro.
Esse martelo bate três vezes, antes de adjudicar, enfim, o
que deve sê-lo.
O Anúncio não é o fim, ele anuncia o Começo, uma nova
História, mas que não se inscreve na cena de teatro.
Porque o Anúncio faz chover, no teatro, línguas de Fogo que
anunciam a Verdade do Fogo.
O Anúncio vem pôr em cinzas tudo o que está sujo, tudo o que
está colado, tudo o que está velado, tudo o que forma obstrução à Passagem do
que deve passar para atingir seu mundo e Liberá-lo.
O Anúncio é o que vem martelar o teatro com esses golpes
repetidos para significar-lhe, por Atos, que os atos jogados nesse teatro
terminaram, que o teatro, desdobrado, será dobrado, e as pregas que nele estão
demasiado marcadas arriscam ser rasgadas, se elas não se deixam, simplesmente,
e docilmente, dobrar.
O Anúncio vem cobrir o que ele descobriu, para impedi-lo de
prejudicar e incomodar o bom desenrolar do que se segue a esse Anúncio.
O Anúncio é a abertura de um Baile que não é a fantasia, e
que se ri dos figurinos do teatro.
O Anúncio é uma colocação a nu do que vem entravar a Leveza
do Ser, para despojá-lo disso e queimá-lo.
O Anúncio é uma arrumação, na ordem natural das coisas, para
permitir ao que havia ficado deitado, sob o peso da infâmia, voltar a
levantar-se e pisar, alegremente, os restos da prisão de vidro pulverizada, e
esboçar, assim, o primeiro passo de Dança.
O Anúncio é o que vem revelar à luz do dia o que estava
escondido, dissimulado de modo mais ou menos hábil, de modo mais ou menos
distorcido, para que permaneça apenas a Clareza e a Verticalidade.
O Anúncio não se embaraça com qualquer forma de precaução,
porque o Anúncio produz-se quando todas as precauções já tenham sido tomadas,
para que permaneça intacto, após o martelamento do anúncio, apenas o que deve
restar intacto.
O Anúncio é como um toque de corneta que ecoa no campo, ele
parece surgir de lugar algum, exceto para aqueles que esperavam esse Anúncio.
O Anúncio não é outra coisa que não o Anúncio de um feliz
evento, aquele de um Renascimento que passa pela ruptura de todos os véus e de
todas as prisões do teatro.
Porque o teatro não é mais – ele jamais foi, mas para
aqueles que estão no jogo dele, mesmo ilusório, é preciso, efetivamente,
retirá-lo.
Assim, o que era apenas pó aos olhos retorna ao pó.
Assim, o que era apenas teia de mentiras é rasgado,
queimado, reduzido a cinzas.
Porque o que não tem lugar diante da Verdade retorna,
naturalmente, à sua própria inexistência.
Porque a ilusão de um jogo que tem sido tolerado não pode
subsistir, assim que a cortina é levantada, não no primeiro ato, mas no fim de
todos os atos.
Todos os atos são julgados, como lhes diz o Anúncio, não
como um julgamento, mas como um peso do que seu Coração bem quis consumir.
Aqueles cujo Coração ressuscita em uma forma de espasmo de
ter engolido tantas e tantas mentiras serão convidados, pelo Anúncio, a fazer o
jejum da ilusão.
Aqueles cujo Coração ressuscita de Alegria, esperando o
Anúncio, são convidados a Dançar, sem mais refrear, ao som desse Anúncio.
Esse Anúncio não vem separar uns dos outros, ele vem revelar
onde vocês estão colocados, através do modo pelo qual vocês recebem esse
Anúncio.
O que separa um do outro apenas pode ser a ilusão dessa
separação, nascida da identificação a esse jogo do teatro – que vem terminar, e
revela, assim, a farsa.
Há, no Anúncio, apenas uma última consideração, para aqueles
que querem, efetivamente, ouvi-la, para separar-se e ter-se afastado do que não
é Verdade, do que é apenas um jogo que durou demasiadamente.
Assim, portanto, meus bem amados, não vejam, no Anúncio,
qualquer punição, apenas uma Revelação, mas essa Revelação sublime contrasta,
de estranho modo, com o estado do mundo que ela ilumina.
Essa Revelação não é outra que não a Revelação do Amor, em
um mundo no qual o Amor sempre esteve presente, mas no qual o obscurecimento
dos véus e do jogo que foi jogado criou uma espécie de vala, apenas
transponível com esse Amor.
O Anúncio não vem encher essa vala, ele vem mostrar-lhes em
qual ponto vocês a escavaram, em si mesmos.
A profundidade dessa vala, tal como vocês a vivem, é apenas
o reflexo do que vocês colocaram distância, em si mesmos, com a Verdade.
O Anúncio não é, tampouco, o que os libera de qualquer
obrigação a prosseguir e a fazer o que deve, ainda, sê-lo, nesse terreno de
jogo que acaba.
Porque o Serviço à Luz, que vem iluminar e dissolver o que
deve sê-lo.
Deve ser acompanhado de uma Dança que venha revelar os
motivos escondidos que sustentam a ilusão e que formam uma trama sutil, que vem
sustentar a ilusão que termina e suavizar sua dissolução.
Assim, a transição necessita de uma Dança, que se desenrola
a partir de uma bobina invisível, mas cujos pés pisam, ainda, essa ilusão.
A Ascensão da Terra cria essa obrigação que não é outra, no
sentido do Serviço, que não uma Alegria espontânea, manifestada sobre a Terra,
do que vive a Terra e do que vocês são convidados a viver, na Fraternidade
reencontrada.
O Anúncio é o sinal de uma debandada para aqueles que não
querem Dançar e que fazem banda fora da Dança coletiva da Unidade reencontrada.
O Anúncio é um tiro de aviso que não visa ninguém, exceto
ser uma pessoa.
Ele vem desnudar os fios da intriga e expô-los a vocês, para
que vocês sejam Livres deles.
O Anúncio é tudo isso e ele está às suas portas, não para
fechá-los pelo medo do que se anuncia, mas para abrir a Porta ao que apenas
pode entrar.
O Anúncio vem a vocês, dignem-se escutá-lo.
Porque a Boa Nova que ele anuncia é de liberá-los, e esse
tiro de aviso semeia a Verdade no Coração de cada ser que para isso está
preparado.
Eu sou CRISTO e eu lhes transmito o Anúncio, aquele que
restabelece a Verdade.
Eu os porto em meu Coração, como eu porto esse Anúncio,
Anúncio liberado, que libera os Corações.
Eu sou CRISTO,
e eu lhes anuncio o Amor reencontrado.
Tradução e
Distribuição: Célia G.
Leitura Para os Filhos
da Luz.