Jeshua Canalizada por Pamela Kribbe – Setembro/2013
Queridos amigos, eu sou Jeshua e os saúdo de coração. Hoje
estamos juntos aqui, e com isto quero dizer que ocorre uma fusão de energias
enquanto estamos aqui sentados. Imaginem que o aspecto mais elevado e belo de
cada um de vocês se reconhece nos outros e, devido a esse reconhecimento,
aumenta muitas vezes. Geralmente vocês enxergam a beleza, a riqueza interior e
o aprimoramento dos outros com muito mais clareza e totalidade do que conseguem
ver essas qualidades em si mesmos. Ao observarem e tomar consciência do outro,
vocês lhe dão fé e confiança em si mesmo.
Agora peço a cada um de vocês que ofereça este
reconhecimento aos outros. Deixe que isso aconteça, que isso flua; e deixe que
sua alma seja tocada por esse reconhecimento. Sempre que sua alma é tocada, ela
desce mais plenamente à Terra. Quando você se move para dentro de si, num
momento de reconhecimento, inspiração e emoção, sua alma desce mais
completamente ao seu corpo, porque se sente mais acolhida e em casa na Terra.
Ocorre uma interação entre você e sua alma.
Quem é ”você” em relação à sua alma? Faço esta pergunta
porque geralmente essa relação não é compreendida com clareza. Talvez você
imagine a alma como algo fora de você, muito longe e acima de você; e assim, se
sinta como um ser insignificante, que deseja todo tipo de coisa, e pensa que
sua alma é um poder externo que pode intervir por você em determinadas
ocasiões. Mas sente também que está mais ou menos à mercê da sua alma.
Mas você não está fora da sua alma e sua alma não está fora
de você. A alma – a sua alma – está dentro de você, neste lugar, assim como em
qualquer lugar que você vá. Você faz parte da sua alma. E embora a sua alma
também seja uma parte de você, “você” não é sua alma inteira; “você” não é
equivalente à sua alma. Existe uma parte da sua alma que está encarnada em
você, que vive e se move em você. Mas há também uma parte dela que não “se
encaixa” muito bem aqui, por assim dizer; uma parte que permanece atrás… ou,
expressando esse conceito de um ponto de vista terreno, uma parte ampla demais
para estar contida em um corpo e personalidade humanos.
Então, existe uma interação entre você e sua alma, e ao
mesmo tempo, vocês são uma coisa só. Vocês são feitos da mesma essência e não
são separados um do outro. A interação entre você e sua alma tem a ver com o
quanto da energia da sua alma você permite que entre na sua vida na Terra. Ela
é uma faísca de inspiração ocasional, que lhe dá um gosto de consciência
expandida? Ou você permite que sua alma penetre mais profunda e completamente e
dê forma à sua existência terrena, de um modo radical e imediato?
É neste processo que você se encontra agora – indo cada vez
mais fundo – o processo de fusão com sua alma através de uma entrega completa
ao seu fluxo. E quem o forçará a fazer isto será você mesmo e mais ninguém. É
uma escolha que você faz: a de se permitir agir de acordo com o que sua alma
lhe pede que faça ou seja. E quando você decide fazer isto? Você toma esta
decisão no momento em que percebe que é absolutamente necessário fazê-lo, que
este é o único caminho possível para você. Geralmente isto é precedido por um
período no qual você quase não dá ouvidos à voz da sua alma. Você tenta fazer
tudo por conta própria, pela sua cabeça, baseando-se nas ideias que lhe vêm à
mente a partir de fora, das pressões externas e do medo. Há diversas razões
para você não ouvir sua alma, que fazem com que você fique alienado dessa voz.
E assim, ela se torna uma estranha para você.
Isto é o que a maioria de vocês tem associado com a condição
de ser um humano na Terra; estar alienado das suas raízes, da sua origem cósmica,
da sua alma. Deste modo, o processo de encarnação torna-se muito estressante e
doloroso. Neste caso, descer e entrar num corpo significa dizer adeus a quem
você é, à sua origem – essencialmente, deixar seu Lar. Esta é uma tarefa quase
impossível e é natural que você anseie pela volta ao Lar e deseje ir embora do
mundo onde não se sente em Casa.
Existe um único caminho para todos na Terra, mas todo mundo
passa pela experiência de estar isolado da voz de sua alma, durante um longo
tempo, até perceber:- “Não posso mais continuar deste jeito. Estou totalmente
preso. Quando vivo apenas a partir da minha cabeça, do medo, daquilo que
‘deveria ser’ e ‘deve ser’, sinto-me morto por dentro.” Só quando você começa a
sentir este dilema com muita intensidade, é que se abre para uma voz diferente,
uma lembrança de quem você realmente é. Então, num determinado nível, você tem
que ceder aos impulsos da sua alma.
A arte de fazer isto se resume em se abrir para o novo e
liberar as velhas noções de segurança. E isto geralmente é muito difícil para
um ser humano. Você associa isso com desistir, com estar num beco sem saída e
com sentimentos de decepção, amargura e depressão. Mas esse momento de
desespero final, de não ser mais capaz de continuar no antigo caminho, pode ser
visto como uma porta entreabrindo-se para uma nova possibilidade. E então, você
pode tirar vantagem dessa crise interna e abrir essa porta para outra
realidade.
Isto requer força interior, porque justamente nesse momento
de desânimo total, você está sendo solicitado a olhar para trás e confiar em
algo novo, que você ainda não sabe o que é, algo do qual você não tem nenhum
conhecimento. É como ter uma confusão à sua frente e uma porta atrás,
ligeiramente entreaberta, através da qual passa um filete de Luz. Se você
permanecer sentado de costas para a porta e ficar olhando para a confusão,
aumentarão seus sentimentos de tristeza, desespero e desesperança. Mas como
você pode ter certeza de que essa porta atrás de você pode lhe oferecer a possibilidade
de algo diferente, de algo novo? Você começa a sentir a certeza de que essa
porta pode ser aberta quando se conecta com sua alma.
Você pode atravessar momentos de dor e desespero na vida de
duas maneiras muito diferentes. Uma é sendo totalmente absorvido por eles, e
isto significa que toda a sua energia, tudo o que é consciente em você é
carregado nas ondas de medo, amargura e até mesmo ódio. Seus pensamentos são
tingidos por tudo isso, e assim, suas emoções e seu corpo também acabam sendo
afetados a longo prazo. Mas há outro caminho, uma força contrária. Nesses
momentos, você pode tomar consciência do que está acontecendo no seu interior e
sair da corrente descendente. Existe algo dentro de você que observa tudo isso
de perto, sem julgamento, a partir de uma consciência que é maior do que a sua
vontade terrena, suas ideias terrenas, sua educação, seus medos, e tudo de
antigo que você conhece do seu passado. Então sua alma entra no seu campo
terreno. Falando francamente, muitas vezes precisa surgir uma confusão na sua
vida, antes que você se sinta impelido a entrar numa nova forma de consciência.
É justamente em momentos de crise que pode ocorrer uma mudança na sua percepção
de modo que você consiga olhar para si mesmo de uma perspectiva mais ampla.
Então, a consciência dentro de você torna-se muito silenciosa e quieta.
Sinta esse silêncio por um momento, olhe para alguma questão
na sua vida, para a qual você não tem nenhuma resposta, algo que você já
examinou inúmeras vezes, de todos os ângulos, e experimentou todas as emoções
que isso envolve. Agora coloque-se num ponto tranquilo, de onde você observa a
situação sem querer uma resposta. Perceba como uma certa paz imediatamente se
faz presente. É isto que significa “desistir da luta”, o que não quer dizer que
tudo permanece o mesmo e nada muda. Significa que você cria espaço para o novo,
não raciocinando sobre o que já é conhecido e procurando respostas e soluções
no passado e no que está atrás de você. Só se pode entrar no desconhecido, no
novo, no fresco, por meio do silêncio, por meio daquilo que não é conhecido e
entregando-se ao silêncio.
Deixe que o silêncio que o envolve flua através do seu
corpo. Ficando quieto deste jeito, você libera velhas certezas, velhas ideias
de como as coisas deveriam acontecer na sua vida, de convicções às quais você
se agarrou. Permita que tudo isso se desvaneça como as folhas mortas que caem
das árvores no outono, enquanto a energia da sua alma sopra como uma brisa
suave através da sua aura. Imagine que tudo que é velho, tudo que você não
precisa mais, tudo que já foi vivido e digerido é levado suavemente pelo vento.
O momento em que você já não sabe mais é justamente quando você se desapega com
mais facilidade. Deste modo, uma nova força se concentra dentro de você.
Quanto mais vazio e sem preocupações estiver o seu campo
energético, mais ele pode ser preenchido pela sua alma. E de dentro do
silêncio, surgem novas ideias que não são alimentadas pela sua cabeça nem por
sua vontade. As novas ideias chegam a você como se viessem de fora. Algo brota
de repente, mas isto não precisa acontecer imediatamente. O que ocorre neste
processo é que inspirações e intuições emergem livre e naturalmente e o
alimentam com novos impulsos.
Neste ponto, darei algumas explicações sobre os níveis nos
quais você pode sentir e vivenciar a sua alma, pois existe mais de um nível no
qual você pode sentir e sintonizar-se com ela. Acabamos de falar sobre como a
alma pode se revelar por meio do silêncio, por meio da percepção pura. Essa
experiência também é uma sensação muito profunda de estar em Casa, baseada numa
capacidade de se manter enraizado, de estar completamente no presente e não ser
levado por todo tipo de distrações causadas por pensamentos e emoções. Este é
um dos níveis mais profundos, nos quais se pode ter uma conexão com a alma,
sentindo sua Presença pura.
Esse estado de silêncio tem um efeito positivo imediato no
seu corpo, em seus pensamentos e emoções. É o poder curativo do silêncio.
Quando você está lá, a alma não é mais uma coisa acima e fora de você, mas é
muito tangível fisicamente, na metade inferior do seu corpo, no seu abdome, nas
suas pernas e pés. Fique atento às sensações no seu corpo quando sua alma está
totalmente conectada com você, e você está completamente integrado com sua
alma. Sinta a solidez dessa conexão e também sua tranquilidade e paz. Esta
experiência de paz e tranquilidade – essa quietude profunda – é a base de toda
conexão com a alma. Se não houver essa paz e tranquilidade, sua conexão com a
alma não está completa.
Por que digo isto? Porque existe outro nível a partir do
qual você pode se conectar com sua alma, e ele está localizado fisicamente num
ponto mais alto do seu campo energético. Muitas pessoas são dotadas de uma
intuição mais apurada e são também clarividentes. Se este é o seu caso, você
pode captar os humores e pensamentos dos outros por meio do seu sexto sentido,
da sua capacidade de perceber tudo ao seu redor. Isto pode ocorrer a partir do
seu terceiro olho, ou você pode sentir os outros a partir do seu coração.
Só de me ouvir falar isto, você provavelmente já percebe que
sua energia está se tornando mais inquieta e se elevando. A tranquilidade se
foi. Você está prestes a perder seu centro, à medida que entra em contato com
as diversas energias ao seu redor. Isto também acontece quando você se conecta
em seu coração e mente com seus ideais para a Terra e suas visões do futuro.
Eles geralmente o elevam acima de você mesmo. Depois parece haver uma conexão
intuitiva com a sua alma, mas ao mesmo tempo, essa conexão não está totalmente
ancorada, nem atingindo totalmente aquele estado de silêncio e tranquilidade do
qual falei há pouco. Você pode estar tomado pela visão da nova era, por uma
Terra onde predomina uma energia centrada no coração e, ao mesmo tempo, estar
muito frustrado porque isso não está acontecendo na sua vida tão depressa
quanto você gostaria, e por causa de tanta resistência e oposição no mundo.
Deste modo, você se sente em conflito com a sociedade ao seu redor e parece que
não se enquadra neste mundo.
Embora os desejos e sentimentos que você tem – as
premonições sobre a nova Terra – nasçam da conexão com a sua alma, é importante
permitir que essa energia de inspiração desça totalmente para dentro do seu
campo energético, seu corpo e seu abdome. Se você tem algumas ideias sobre o
que deseja para o futuro, então sinta essas ideias e a energia do futuro no seu
coração. Sinta também o fogo que vive dentro de você e deixe que esse fogo se
eleve para fundir mais solidamente a energia em seu interior. Depois permita
que essa energia do futuro fortalecida desça para o seu abdome, suas pernas e
pés, até se tornar silenciosa e quieta – até que você se torne silencioso e
quieto. Nesse momento, sua alma e as mensagens que você recebe dela, tocam a
Terra. E então, um fluxo realista, ancorado na Terra, pode se por em andamento,
e você fica completamente em contato com sua energia terrena, ao mesmo tempo em
que também permanece conectado com sua alma. Você construiu uma ponte entre ambas.
Vejo como muitos Trabalhadores da Luz às vezes ficam
totalmente absorvidos em visões de outro mundo, enquanto, ao mesmo tempo,
perdem sua conexão com este mundo, aqui e agora, que não está só do lado de
fora de vocês, mas também em seu interior. Vocês ficam divididos e são criadas
dicotomias entre a Luz e a escuridão dentro de vocês e entre vocês e o mundo
exterior. Essas dicotomias produzem esforço e tensão, tanto dentro como fora.
O desafio de cada um de vocês agora é realmente se desapegar
do velho para acolher o novo nas profundezas do seu ser terreno, em todos os
níveis: cabeça, coração e abdome. Sua alma só pode se enraizar na Terra se você
permitir que ela penetre profundamente o seu ser, até o nível do abdome e
pélvis, que o conectam com a Terra. Sinta a paz e o silêncio quando deixar para
trás seus pensamentos e emoções (mesmo as impressões psíquicas). Apenas esteja
lá, aberto para o novo e ele se revelará diante de você, sem que saiba como. A
chegada da Nova Terra de consciência centrada no coração depende da presença de
muitas pessoas que estejam ancoradas na Terra e, ao mesmo tempo, sejam
espiritualmente evoluídas. Elas são os canais.