terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O Centro do Sol

 
 
Jeshua Canalizada por Pamela Kribbe - Dez/2012
 
Queridos amigos, eu sou Jeshua. Represento a energia Crística, que nasceu agora na Terra em vocês e através de vocês.
 
Peço a cada um de vocês que imagine minha energia como um sol. Pense no Sol real, essa imagem radiante de vida e força. Pode também ver o sol como uma metáfora, como uma imagem de você mesmo, do seu próprio ser e alma. Focalize sua consciência, por alguns instantes, no centro do Sol e penetre-o com sua imaginação – faça isso muito calma e tranquilamente. Sinta o poder incomensurável do campo de energia que é o Sol e sinta-se no centro desse imenso vulcão de energia. Sinta o silêncio e a tranquilidade que existe aí e a natureza espontânea dessa radiação que ocorre por si mesma: o Sol irradia sua luz para fora sem esforço.
 
Descanse, rodeado pela luz, no centro do Sol, e sinta como é natural e correto que você seja carregado por essa fonte de poder. Essa luz está aí para você, porque, na sua essência, você mesmo é um sol. Permita-se relaxar e mergulhar nessa luz. Deixe essa luz envolvê-lo de um modo suave, amoroso, fluido, carinhoso, sem queimá-lo nunca. Permita que essa luz flua através de você completamente e relembre-o de quem você é: uma alma, um sol, uma estrela em todas as células do seu corpo. Permita que cada célula do seu corpo seja preenchida por essa luz curadora do seu sol-alma.
 
Na sua vida diária, você pode encontrar o centro desse sol, o seu próprio núcleo central, sempre que retornar ao Agora, trazendo sua atenção totalmente para o momento presente. Se estiver ocupado com o passado ou o futuro, você sai do seu centro e perde a conexão com sua fonte de luz – aquela que o sustenta.
 
Mas o que é a realidade do Agora? No momento em que você fala dele, ele já passou. O Agora não é um minuto, nem um segundo; ele realmente não pode ser considerado uma unidade de tempo. O Agora foge de você quando você deseja determinar o que ele é. Não existem fronteiras limitadoras para o tempo que está no Agora. O Agora desafia as formas comuns de se raciocinar.
 
Num sentido terreno, você pode calcular o tempo e contá-lo – existem 24 horas num dia, 60 minutos em uma hora, 7 dias em uma semana, etc. Esta forma de ver o tempo não é natural para o espírito humano. O Agora é livre do tempo – que unidade de tempo pode descrevê-lo? A mente humana não pode conter nem entender o Agora, porque este não está sujeito à lógica do pensamento, embora seja bem compreensível para os seus sentimentos. Você sabe o que é perder totalmente a noção de tempo, num instante de prazer, por exemplo. Provavelmente houve momentos em que você vivenciou algo maravilhoso e, ao mesmo tempo, percebeu o quanto esse momento era especial. Você estava consciente e completamente aberto à experiência que ressoava e fluía através do seu corpo, alma e sentimentos. Quando isso acontece, você é um com a experiência e um com o Agora – você é o Agora!
 
Quando está no Agora, você está também no centro do seu sol, da sua alma, e todas as mudanças ocorrem a partir desse seu núcleo central interno. Hoje nós falamos sobre medo e como você se sente ansioso quando está fora do seu âmago, longe do seu centro. O medo também está ligado ao pensamento relativo ao tempo calculável – passado e futuro: “O que vai acontecer? O que vai dar errado?” Antecipar o futuro com base no medo é muito humano, mas só pode acontecer quando você sai do seu centro, sai do seu Agora. Estar no Agora significa que todas as suas forças interiores se unem e tornam-se integradas, e você consegue isto estando completamente presente no seu corpo, alma e sentimentos.
 
Gostaria de falar um pouco mais sobre o conceito de tempo e como ele pode intimidá-lo e assustá-lo. Nas últimas décadas houve muitas previsões a respeito de certas datas que se encontram no futuro. Nesse caso, o tempo é visto como uma espécie de linha que corre do presente em direção ao futuro e, nessa base, determinados eventos se tornam fixos. Ao aceitar essa visão do tempo, você é capaz de se preparar para acontecimentos vindouros, podendo fazer isso a partir do medo ou da confiança. Mas será que essa é uma imagem verdadeira? Será que o futuro é realmente uma linha reta onde as coisas são fixadas no lugar? Será que o futuro é a soma total de todas as horas, dias e meses que se encontram adiante de você? Ou será que este é um modo absolutamente limitado de enxergar o tempo e o futuro?
 
Você que está aqui e está ouvindo [ou lendo] isto sabe que há muito mais na vida do que apenas o que é visível no mundo. Você vê a forma das coisas – o corpo das pessoas, as árvores, os animais, ou as plantas e pedras – mas intui que existe algo dentro de todas elas que não é visível aos olhos nem perceptível aos sentidos físicos. Você sente que há algo misterioso ali, uma vida interior que cria um indivíduo único ou uma coisa única. Você sabe que precisa enxergar mais profundamente do que ver apenas a superfície das coisas, e conhece também a alegria que se sente ao penetrar o mundo interno dessas coisas, o qual está também dentro de você mesmo. Essa é a vida real; essa é a realidade das coisas. O exterior é apenas uma manifestação desse mundo interior.
 
O que dizer do tempo, então? Se você enxergar o tempo como uma linha de unidades ou espaços quantificáveis – dias, semanas, meses, anos – você só estará vendo o tempo a partir de fora; sob a perspectiva daquilo que se pode medir com um relógio ou uma régua. Mas o tempo visto de dentro, como uma experiência, é algo bem diferente. Essa perspectiva interior torna-se evidente quando você considera o conceito de Agora. O conceito de Agora não pode basear-se no relógio nem no calendário; ele se baseia na sua presença consciente, na sua percepção. De acordo com seu sentido interno de tempo, o tempo pode passar muito rápido ou muito devagar, independentemente do tique-taque do relógio. O “tempo interior” pode permanecer parado quando você está feliz ou se alongar indefinidamente quando você está entediado; o tempo interior flui de acordo com a maneira que você experiencia as coisas.
 
E o que dizer do futuro e do passado? Qual é a realidade deles quando vistos a partir do interior e não de fora?
 
Imagine mais uma vez, por um instante, que você está no núcleo do sol da sua alma, em cujo centro imóvel não existe tempo… existe apenas eternidade. Embora haja movimento na forma dos raios que se irradiam para o exterior, existe uma essência primordial que simplesmente está sempre lá. Você pode chamá-la de consciência de Deus, se quiser, mas ela é a Vida Eterna, e está dentro de você, no fundo do seu centro.
 
Um sol irradia raios. Imagine que você está presente nesses raios que se irradiam do seu sol sem nenhum esforço. Por meio desses raios, você pode se manifestar em várias vidas e estar em qualquer lugar do universo. Poderíamos dizer que cada raio é uma vida no tempo e espaço, na qual você tomou uma forma específica: a de um corpo. Você tem experiências nesse corpo; ele tem um começo e um fim; ele nasce e morre; ele é mortal. Ao viver em tal corpo, focado no tempo, você se torna biologicamente consciente do conceito de tempo e vive sob a influência do mesmo. Você começa a ver as coisas em termos de finito, mas sua verdadeira essência está no centro do seu sol, e você, sendo esse sol, irradia incontáveis raios que são possíveis manifestações de você no futuro – potenciais de vidas e expressões de si mesmo. O futuro não é fixo; embora toda linha de tempo seja uma possibilidade muito real no Agora, você escolhe ativar uma e torná-la real no seu mundo. 
 
Veja também o passado deste modo por um momento. Você pensa que só existe uma linha de tempo que corre do passado para o Agora, mas visto do ponto central do seu sol, isso não é assim. Atrás de você se encontra uma vasta gama de linhas de tempo, algumas das quais foram ativadas por você e suas escolhas, e muitas outras permanecem latentes, por assim dizer, mas podem ser ativadas em algum momento do seu futuro. O passado não é fixo e “acabado”; você pode recriar o passado reinterpretando as experiências que teve, interagindo com ele no presente. Isto é possível porque o passado não é algo que está fora de você, não é um ponto em uma linha.
 
Vou dar um exemplo, para tornar esta questão mais clara. Vamos supor que você se sinta afligido por seu relacionamento passado com sua mãe ou pai; que sinta que não foi reconhecido pelo que você era e que tenha sentido medo e falta de segurança nesse relacionamento. Você acredita que sua vida tenha sido determinada pelo passado e se sente uma vítima por causa disso. Sente que se tornou o que é hoje, em parte devido aos seus pais, como um produto da sua criação.
 
Mas suponha que, no decorrer da sua vida, você se aprofunde na sua consciência através do processo de crescimento interior. Você faz a conexão com a sua alma e penetra naquilo que você é no seu âmago – o sol no seu interior. Através desse processo, você forma uma perspectiva muito mais ampla da sua vida. Agora você vê seus pais no contexto do passado deles, por exemplo, e enxerga a impotência deles e suas imagens de medo e convicções negativas. O perdão se instala em seu coração.
 
Esta perspectiva mais ampla o ajuda a gradualmente se sentir menos vítima dos seus pais. Além disso, você começa a ver que existe uma parte sua que nunca foi realmente tocada pelo que lhe aconteceu, uma parte que permaneceu inteira e ilesa. Você sente, cada vez mais, a sua autonomia e independência. E quanto mais se conecta com o ponto central do seu sol interior, durante sua vida, mais facilidade você tem para deixar ir o passado, como o relacionamento com seus pais, por exemplo. O modo que você experienciou esse relacionamento foi apenas um raio, uma linha de tempo possível. Ao mudar sua percepção de quem você realmente é, você pode se deslocar para outra experiência de passado e para outra linha de tempo.
 
Você está, então, apto a olhar para o relacionamento com seus pais a partir da perspectiva da alma, da qual não estava consciente quando criança. Como você agora está mais no seu núcleo central, é mais capaz de perceber seus pais sob uma luz diferente, de um modo mais amável e complacente. Você pode explicar para a sua criança interior como certas experiências dolorosas o ajudaram a crescer e como seus pais estavam inconscientes da dor que lhe infligiam. Sua conscientização presente recria o passado ao liberar a energia interna que foi aprisionada por ele. Você está literalmente recriando uma nova linha de tempo no passado, que vai afetar o seu relacionamento atual com seus pais. Eles sentirão uma diferença em você e, se eles estiverem abertos para isto, o relacionamento entre vocês mudará para melhor. Você abriu seu passado através da sua nova percepção e assim criou uma nova linha de tempo na qual existe mais compreensão e amor. Esta é uma possibilidade real.
 
Com sua consciência, você pode abrir o tempo. O tempo não é fixo e fechado atrás de você: o passado não está realmente acabado. O que quer que você tenha vivenciado no seu passado – mesmo que tenha havido acontecimentos traumatizantes que o influenciaram profundamente – existem aberturas disponíveis no presente para lhe trazer conforto, amor e encorajamento nesse passado. O passado é como os inúmeros raios de sol que saem do seu âmago, com os quais você ainda pode fazer uma conexão, se for para o centro do Sol.
 
Você pode recriar seu próprio passado – esclarecê-lo e iluminá-lo – olhando com mais compreensão para quem você era e para as pessoas que estavam ao seu redor. Ao fazer isto, você simultaneamente recria o passado e, ao mesmo tempo, cria um novo futuro, porque lançando luz ao passado e alterando a energia que você traz de lá, você ativará um futuro mais brilhante para si mesmo. Nem o passado nem o futuro são fixos; você pode influenciar os dois a partir do momento do Agora e pode fazer isto de forma mais intensa e poderosa quando está no seu centro, ou seja, quando está conectado com sua alma.
 
O instante em que você está no Agora é uma experiência – um momento criativo, vivo – e não um traço numa régua nem um ponto numa linha de tempo. Da fonte do Agora nascem todas as linhas de tempo. O Agora é onde você se encontra no momento presente – onde você está com atenção total é o Agora. No momento em que você está atento a esta parte mais iluminada e presente em você – seu âmago, sua essência, sua alma, sua consciência – você irradia a partir desse sol-centro para seu passado e seu futuro e tudo se junta. O tempo não é uma linha reta; você pode visualizá-lo melhor imaginando uma intrincada teia de aranha tridimensional, espalhando-se em todas as direções, tanto para o passado quanto para o futuro.
 
E o que você pode fazer com este conhecimento atualmente, na sua vida diária?
 
Você pode se conscientizar da sua própria força e potencial. Tudo está dentro da extensão do seu poder, tanto o passado quanto o futuro. Não existe nenhum poder fora de você; nenhum poder que determine seu futuro ou diga o que você deve ser – nada é determinado. Você é o criador sempre, e a cada momento. Neste sentido, você é o senhor do seu próprio passado e do seu próprio futuro. Se permanecer no seu centro, você pode ater-se a essa consciência, essa fonte de luz. Na concretização contínua dessa fonte, está sua confiança, bem como sua segurança e entrega. Se estiver no centro desse sol, você sabe que pode entregar-se a ele – isto, para você, é evidente e natural.
 
Entretanto, uma vez que comece a pensar “Como posso escapar do meu passado terrível? Como posso criar um futuro neste mundo tão cheio de medo e ameaça?” Você já está fora do seu centro. A arte deste processo transformador é voltar para seu âmago, seu centro, e não querer solucionar problemas através do raciocínio, mas a partir do seu núcleo central, do centro do seu sol, do Agora – onde não existe nenhum tempo! Este é o Lar onde você é quem realmente é, e onde não existe nada fora de você que possa determinar seu destino ou afastá-lo dele.
 
Peço-lhe mais uma vez que se imagine no centro desse sol brilhante que você é. Você se sente uno com a luz e a força que existe aí, e isto não lhe exige nenhum esforço porque esse sol já existe no seu interior. Agora imagine que, em algum ponto dessa teia de raios que se irradiam do seu sol, existe uma linha de tempo do seu passado que precisa vir mais para a luz. Não é necessário sentir nem ver nada de concreto, simplesmente imagine que a luz do seu sol preenche facilmente essa viela escura do seu passado. Pode ser que você não consiga reacender completamente a luz aí, mas a luz já está fazendo uma conexão com essa linha de tempo do passado, e assim você pode voltar a ela quando desejar. Diga a estes eventos passados que agora estão envolvidos pela luz do seu sol: “Tudo que precisa receber Luz, recebe essa Luz de mim. Antigas dores e traumas que desejam ser resolvidos e liberados podem agora vir para a minha Luz.” Abandone todo o apego a esses acontecimentos passados; eles não definem quem você é; você não é a escuridão que percebe lá – você é a Luz! Você – funcionando a partir do centro do seu Sol – é o liberador e curador do passado e, assim, o criador do futuro.
 
Agora vá para o futuro. O futuro se estende ao seu redor como uma imensa teia de aranha tridimensional com muitos fios, e você está no centro dela. O futuro não é algo que vem a você de fora. Os fios da teia brotam do seu coração; eles são tecidos sem esforço pelos constantes pensamentos e sentimentos que você tem. Os estados de espírito, entre os quais você oscila, criam incontáveis possibilidades de linhas de tempo. Você não tem que fazer nada para que isso aconteça – isso simplesmente acontece porque você é o sol que não pode deixar de irradiar para o exterior. É sua natureza ser um Criador.
 
Agora, peça ao futuro, peça a essa teia de linhas de tempo para lhe mostrar qual é a linha mais brilhante para você neste momento. Pergunte: “O que devo enfocar agora? No que devo me concentrar? Que direção devo tomar agora para entrar num futuro radiante e belo? Do que preciso me conscientizar agora, neste momento?” Chegará um estímulo vindo do centro desse sol que você é, então simplesmente fique aberto a isso. Sua alma deseja tranquilizá-lo e encorajá-lo a se conectar com um futuro lindo e poderoso que já está latente dentro do seu ser.
 
Perceba como esse futuro chega para você sem esforço; não precisa lutar ou trabalhar para isso. Mantenha-se no Agora. Sinta no seu coração como a energia desse futuro belo e brilhante já é uma parte de você. Deste modo, você o atrairá para si com mais facilidade. Sinta esse belo futuro no seu coração e desperte-o simplesmente regozijando-se nele. Esteja aberto para sua vibração maravilhosa. Convide-o para entrar no seu coração e em suas mãos. E através de suas mãos abertas, deixe-o fluir para toda a Terra. Deixe que ele aconteça – ele criará raízes naturalmente. Tenha confiança no seu futuro e sinta seu poder solar no fundo do seu ser. Sinta-o no seu coração, sinta-o no seu abdome, sinta-o nas suas pernas. Permita que esse poder solar se ancore na terra através dos seus pés.
 
© Pamela Kribbe www.jeshua.net
 
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A Chegada de um Mestre

 

Saint Germain - Canal: Maria Silvia Orlovas - 05/12/2012

Naquela época, eu era um homem perdido nos meus enganos. Nasci de uma família rica. Mas como eu não me dava bem com as pessoas que viviam a minha volta... Eu não aceitava as imposições de pai, de família, de títulos. Eu saí de casa, muito cedo.

E eu virei um caminhante no deserto. Eu ia de uma cidade pra outra, fiz de tudo e não fiz nada. Aprendi muitos ofícios e não aprendi nenhum. Eu reclamava da vida, achava que a vida não dava certo e que eu não dava certo. Eu tinha muito pouca paciência com as pessoas.

Até que um dia eu comecei a brincar com a madeira. Comecei a mexer com a madeira e fui descobrindo que a madeira me obrigava a ter concentração, disciplina. Eu fui percebendo que quanto mais eu me dedicava, os resultados, os contornos saíram melhores. Eu me tornei carpinteiro, porque isso foi colocado no meu caminho para que eu vencesse, os meus instintos, os meus ímpetos.

E ali eu aprendi a ser silencioso. Porque muitas vezes, eu percebi, que quando eu começava a falar eu perdia a concentração e aquilo que estava saindo muito bom, se tornava um objeto sem função. E foram muitos aprendizados.

Mas eu tinha aprendido a mexer na madeira, mas não sabia mexer nos sentimentos. Não, não sabia. Não sabia transformar sentimentos dolorosos que eu tinha em relação às pessoas, a mim mesmo, a Deus, a família, em bons sentimentos. Eu ainda só sabia mexer na madeira.

E quando, por algum motivo, eu desgostava das pessoas ou das situações que eu estava vivendo, era muito simples; eu pegava os meus instrumentos e ia embora, não tinha compromisso. Eu continuei sendo um caminhante. E quando eu queria me estabelecer num outro local, eu abria a minha pequena maleta. Eu começava a fazer as coisas, eu criava de novo, uma importância pra mim. E aquilo foi um grande jogo de ego, de vencer a mim mesmo. Tudo muito silencioso e introspectivo.

E um dia depois de muitas pequenas e grandes peregrinações, sempre sem encontrar o meu lugar, eu dormia numa gruta. Porque o lugar onde eu vivia era cheio de pedras e grandes morros e desertos... E tinham vários lugares que as pessoas faziam os seus acampamentos, e eu estava lá.

E nesse dia fazia um frio muito grande à noite. E o céu estava muito estrelado, muito lindo. E eu estava junto da fogueira. E ali na minha frente, um Ser de infinita luz se manifestou. E quando ele se manifestou, ele tocou meu coração. E ele me disse que ele precisava da minha ajuda, era um Anjo. Ele disse que tinha uma missão pra mim. E que eu deveria procurar, me deu o caminho; uma moça e que ela traria o filho de Deus.

Eu não era um homem religioso. Eu era um homem introspectivo, observador, trabalhador e algumas vezes briguento, com um gênio muito forte. Por isso vocês hoje, não me intimidam com o seu mau gênio, nem com os seus maus pensamentos.

Eu, na qualidade de mentor, de orientador, quando vejo vocês perdidos, em seus egos, vaidades e rompantes... Eu apenas rio. Porque eu olho, pra além daquilo que vocês mostram. Eu olho pros seus corações. E se eu vejo ali naquele coração, um amor, uma possibilidade de amar profundamente, eu os escolho. Eu os escolho, por esses ímpetos, por essa força. Porque essa é uma energia que pode ser transformada em uma ação muito boa, pra sua vida e pro mundo a sua volta. Porque foi assim que eu fui escolhido.

E aí eu olhei pra aquele Anjo, como eu não era um homem crente, nem reverente, eu perguntei pra ele; mas por que, que eu sou escolhido? Eu não sou um crente. Eu não sou um religioso; eu não tenho uma vida santa. Eu não tenho uma vida sem pecados. Eu às vezes brigo com Deus, eu não compreendo Deus.

Talvez um crente, beijasse os pés daquela criatura. Porque ela emanava tanto amor.
Talvez um crente, derramasse lágrimas.
Talvez um crente, quisesse abraçar e beijar.
Eu só senti dúvidas, não quanto a aquela aparição porque ela era inquestionável, mas, quanto a minha capacidade.

Ele disse, o meu nome, que para vocês é José:

- Você foi escolhido, por aquilo que você é. Você foi escolhido pela sua alma, pela sua força. É o seu Eu Sou, Eu Sou, Eu Sou.

E eu fui tocado por aquele sentimento. E aí esse Ser, como uma estrela, me colocou onde eu devia seguir. E eu fui caminhando e encontrei; Maria, nos arrabaldes de uma cidade, ela era uma menina, mas quando eu a vi, não tinha dúvidas de que era ela. Uma criança perto de mim. E não foi um encontro de amor ou de qualquer outro sentimento humano. Eu estava ali para cumprir com ela uma missão. E ela já carregava consigo a semente Divina, de Jesus.

E ela estava triste, confusa e desnutrida. Então, nesse primeiro momento da vida dela eu fui um pai, como eu sabia ser, porque eu não sabia ser pai. Eu trouxe comida, eu cuidei pra que ela ficasse calma, pra que ela tivesse lugar onde dormir, pra que ela tivesse apoio.

Sem saber, eu fiz aquilo que todos os homens deveriam fazer para as suas esposas; eu fui paciente. Eu ofereci carinho e apoio. E não cobrei nada porque, eu estava ali para servir. E foi assim que eu aprendi a amar, servindo.

E aí eu fiquei curioso, para entender quem seria esse menino, porque eu sabia que ia ser um menino. O Anjo também me disse quem seria esse menino. Eu tive momentos até que duvidei; será que ele vai ser humano? Terá um corpo igual ao meu?

E como eu era uma pessoa muito introspectiva eu permiti que o tempo passasse. Cuidando, sentindo as orientações chegarem até a mim. E educadamente, fazendo aquilo que era esperado da minha pessoa. E é isso que eu acho que vocês devem fazer em suas vidas; fazer o que é esperado, de cada um de vocês.

Uma pessoa nesta vida enfrenta várias missões. Você já nasce devendo aprender ser um bom filho, mesmo que você não tenha bons pais.

O que faz um bom filho? É paciente. Escuta. Se mantém educado e se fortalece na sua individualidade, na sua força interior, na sua conexão espiritual.

Depois vem a segunda missão; trabalhar com honestidade. Nem sempre o trabalho honesto renderá os frutos que você idealiza ou imagina. Porém, lhe cabe trabalhar com honestidade. Estudar para desempenhar, cada vez melhor, o seu ofício. E segue assim a sua missão, aprimorando o seu caráter.

Quem é você? O seu Eu Sou, deve ser mais forte de que seus sonhos, desejos e ambições. E assim você passará grande parte da sua vida, esculpindo a madeira do seu ego, fazendo brilhar a qualidade daquilo que você está criando em si mesmo. Vocês são carpinteiros, escultores, uns forjadores da sua personalidade.

Não é o mundo que faz vocês. O mundo pode fazer aqueles que não despertaram para o poder da sua própria energia. Para aqueles que estão no caminho espiritual, vocês fazem quem vocês são. Vocês carregam as suas ferramentas.

E vocês se conhecendo, cuidam de se transformar, de se expandir e de se recriar todos os dias. E o trabalho, a missão continua... Vocês casam, têm companheiros e companheiras, pessoas que vêm para a sua vida, familiares que crescem, filhos que chegam. E aí lhes cabe agir, com cada um dessas pessoas, da melhor forma que você pode agir. Sempre domando a parte dura do seu ego. Sempre aprendendo a se relacionar com as pessoas.

Eu tive a graça, a bênção de ter a minha iluminação através daquele que fui educar como pai. E muitas vezes me vi perdido, com aquele filho que não era meu, que sabia mais que eu. E que exigia de mim, uma constante transformação.

Eu Sou Saint Germain e venho para dizer pra vocês; que a transformação é possível e é diária e é constante. E a ascensão é uma libertação de todas as amarras e todas as arestas que vocês têm, envolvendo vocês e o mundo. É um momento ímpar da humanidade, que cresce e se transforma.

A ascensão é uma realidade. Libertem-se das suas dores e vençam a sua própria energia.

Cada um é a sua Luz. Cada um é o seu Bem.
Você é o seu bem. Você é a sua Luz.
Você é a sua maior Dificuldade. E você é a sua maior Bênção.

Nós estamos aqui para ajudar e para amar. A Chama Violeta, qual eu sirvo, é uma Chama de infinito Amor e Compaixão. A Chama que eleva, transmuta o karma e proporciona a ascensão.

Busquem essa conexão. Se fortaleçam na sua luz.

Recebam minhas bênçãos e o meu amor. E sigam em profunda paz.

Saint Germain
 
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